Bom dia amigos e colecionadores que abençoam este blog a cada dia !
Perguntas fazem parte do nosso dia a dia e assim como, creio que cada um já se perguntou : “ Como estes carrinhos são feitos?”
Pois bem. Procuramos a resposta e encontramos em uma revista virtual, ótima revista que trata do assunto die cast e certamente deve estar presente entre os colecionadores. O tema será bem resumido aqui e deixaremos o endereço virtual para que você meu amigo e amiga litores, veja a matéria na integra na “ Die Cast Virtual Magazine” http://www.dccvm.com/.
1º Nenhuma miniatura é feita do mero acaso, escolhe-se um modelo, em geral este modelo é escolhido lendo -se em conta alguns critérios, já estabelecidos após uma pesquisa de mercado. Estes critérios podem ser a aceitação do modelo, popularidade do mesmo, opinião do público sobre a maraca etc, isso para reduzir o risco de um investimento sem retorno. Existem casos de modelos encomendados pelas montadores ou por marcas especificas, assim o risco é menor e estes modelos são vendidos somente nos postos das marcas clientes, geralmente um contrato protege estes modelos exclusivos por algum tempo de forma que só se tornem livres para o mercado após um determinado período.
2º Após a escolha do modelo vem a negociação para a liberação da licença do carro e também o acessórios( cintos, bancos, pneus e etc), pensava que era só o fabricante do carro que dava permissão né!!! Bem isso gera custos que variam de 5% a 15% do custo da miniatura.
3º Nesta etapa, já com o modelo a ser feito, o licenciamento, começa a caça ao carro 1:1 em perfeitas condições e original. Isso quando falamos de carros antigos pode ser uma caça ao tesouro se for um carro muito raro. São recursos utilizados para uma boa coleta de dados do modelo:
- Uso das plantas originais do carro.
- Observação de um modelo ainda não restaurado.
- Fotografias da época do modelo.
4º Com esta etapa superada começa uma tremenda bateria de fotos do carro em diversos ângulos, em média 300 a 400 fotos por modelo, de forma a captar cada detalhe do mesmo. Cada detalhe interno ou externo, ( botões de painel, maçanetas, bancos etc) até mesmo por que o carro poderá ser produzido em várias escalas, desde a menor até a maior e quanto maior o nível de detalhes melhor. Desenhos são feitos para destacar os componentes e também suas dimensões, o que é muito importante. As medidas são feitas minunciosamente e exigem o máximo de precisão.
5º De posse destes dados o próximo passo é escolher as cores que serão usados para a pintura, pesquisa-se as tabelas da fábrica e se for o caso é produzida uma cor especificamente para o modelo. Feita a revisão de todo o material e a organização do mesmo são passados as informações com os detalhes para a fabricante ( partes móveis, materiais). Hoje podemos acompanhar algumas prévias de modelos “digitalizados” com uso de ferramentas CAD (Computador Auxiliando o Desenho).
6º Começa a confecção de um modelo da carroceria do modelo de forma manual, nela se verá os detalhes exteriores do modelo, nele se observam também possíveis falhas. O custo de um modelo de carroceria é em torno de US$ 10,000.00.
7º A partir de uma duplicata do modelo de carroceria é criado então o protótipo. Este será o molde contendo todas as características e correções necessárias para a criação do modelo, este é confeccionado em uma espécie de resina, é feita uma nova avaliação antes pois qualquer falha pode ocasionar em atrasos e aumento de custos. Um protótipo, finalizado e feito manualmente pode chegar a um custo de até US$50,000.00.
8º A escolha das cores e texturas: É feita com muito cuidado, pois o protótipo receberá as cores e texturas escolhidas e se isso causar um erro será necessário retificar o protótipo ou até mesmo fazer um novo. (mais prejuizo). Concluída esta etapa com sucesso o protótipo é totalmente desmontado e suas partes são levadas ao pantógrafo (O pantógrafo é um aparelho utilizado para fazer transferência de figuras e que pode ser regulado de modo a executar também ampliações e reduções nas proporções desejadas.) onde terão a escala reduzida e iniciada a produção dos moldes em aço.
9º Os moldes em aço permitem assim a reprodução de várias miniaturas e cada molde é feito exclusivamente para uma determinada parte do modelo e material a ser usado. ( Liga metálica, borracha, plastico, PVC etc). A fabricação de moldes torna-se a parte mais onerosa do projeto podendo alcançar facilmente os US$ 225,000.00.
10º A primeira tiragem é utilizada para avaliação, procura-se falhas e necessidades de correções. O observado é que quanto mais aprimorado e refinado o processo de pesquisa e documentação menor o risco de uma falha ou imperfeição no modelo. Se alguma falha que não possa ser corrigida for encontrada o molde terá que ser refeito. Se tudo estiver correto o aço é endurecido e preparado para a produção industrial. Existem moldes de borracha e outros materiais, usados em geral para figuras e modelos menores ou de outros materiais.
11º Da fabricação de miniaturas. A forma, após fechada, é girada em uma centrífuga enquanto a liga metálica é despejada quente em um orifício no centro do molde. Desta forma pode-se garantir que a liga cobrirá todos os espaços da forma.
12º Após a cura a forma é aberta e retira-se as partes da miniatura. Estas são pintadas primeiramente de branco para que seja verificada a presença de imperfeições, neste momento os equipamentos para a pintura são ajustados e as máscaras pera os detalhes da pintura são criadas. Os gabaritos para a montagem do modelo são feitos nesta fase. Saiba que quanto mais perfeito o modelo maior a manipulação manual do mesmo, inclusive para a pintura e acabamentos finais. Até aqui foi a 1ª tiragem para a avaliação. Se tudo for aprovado inicia-se a produção industrial.
13º Na produção industrial em grande escala de quantidade usa-se o Zamac (O Zamac é uma liga metálica, sendo seu componente principal o zinco). O Zamac é injetado no molde por máquinas de câmara quente usando de temperaturas em torno de 470º F e altíssima pressão (1.500 psi à 4.500 psi ). Pra que isso tudo? A reposta é: Sendo uma industria, ao usar uma pressão destas o molde é preenchido em um tempo entre 5 a 30 milissegundos. Simultaneamente os demais itens são confeccionados e terminados para a montagem, ( bancos , grades, para brisas etc). Finalmente são montados e conferidos, etão embalados e distribuídos para várias partes do mundo. Certamente o que foi descrito aqui não é a regra pois são vários os fabricantes e os tipos de fabricantes. Alguns fabricantes ainda limitados em sua produção usam outras técnicas para a confecção dos modelos.
Fontes:
1. Lhe Art of Making a GMP Diecast Model, por George S Bojaciuk – Georgia Marketing Promotions;
2. CMC Exklusive Modelle;
3. IXO Models;
4. Majorette;
5. Marklin;
6. Metalúrgica Fundimack S.A.;
7. Scale 18 (página da internet).
• Introdução ao processo die-cast, pela NADCA - North American Die Casting Association: http://www.diecasting.org/faq/introduction/whatis.htm
• Como funciona o sistema de carimbo (pad printing). Artigos diversos da companhia Pad Printing Machinery of VT, Inc (Comec): http://www.padprint1.com/articles.htm
Entendendo a produção de plásticos por injeção, pela Society of Plastic Engineers – Injection Moulding Division: http://www.4spe.org/sectionsdivisions/divisions/d23lessons.htm
• Entendendo a tecnologia EDM, EDM Technology Transfer (EDMTT): http://www.edmtt.com/about/index.html
• Produzindo um carro die-cast, Die Cast Virtual Magazine http://www.die-castcultvirtualmagazine.com/
Obrigado por ter nos visitado.
ResponderExcluirDesculpe demora para postar, mas, andamos ocupado com elaboração de uma página para a Associação de Colecionadores Diecast do Estado do Rio de Janeiro.
Se quiser acessar para conferir mesmo ainda em estado de teste: www.dccvm.com/acomderj
Mais uma vez grato pela visita
Alexandre
Muito bacana a sua matéria! E ainda atribui os devidos créditos e fontes, parabéns!
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